Introdução aos nossos Websites
Curar, se possível. Aliviar, sempre! Este é o lema áureo de toda a Medicina!
Curar, se possível. Aliviar, sempre! Este é o lema áureo de toda
a Medicina! Muito do que aqui se encontra escrito derivou de
consultas do dia a dia. Houve (e continua havendo) situações
onde meus pacientes me disseram: "Doutor Eduardo, desejo saber
tudo o que for possível sobre o meu diagnóstico". Pois bem,
respondi: "Em muitas das vezes não há como explicar de modo
amplo e detalhado sobre assuntos pertinentes a diagnósticos e a
apresentações clínicas em uma hora de consulta. Mas, escreverei
um artigo sobre o seu caso, sem mencionar nomes, e o que você
necessita de saber estará lá! Leia no site". E os artigos foram
crescendo em número, e o resultado são vários websites com
muitas e muitas páginas. E isto, evidentemente, serviu e
continua servindo para a informação de muitos outros.
Os servidores registram milhões de visitas do Brasil e de
diversas outras partes do mundo, o que para mim é uma honra e
motivo de dar graças a Deus. E continuo fazendo a mesma coisa,
em grande parte devido ao problema da existência de fontes de
informação inacuradas e patéticas sobre a Psiquiatria hoje
disponibilizadas na televisão, em publicações impressas e na
internet, escritas muitas vezes por profissionais cuja
competência de abrangência de conhecimentos sobre a Psiquiatria
(Psicopatologia, Psicofarmacoterapia, Psicoterapia,
Psicofarmacologia e Saúde Mental) se encontram muito aquém do
que merecem saber e conhecer os meus pacientes e os leitores dos
meus sites. Por isso escrevo para todos, para que se informem e
para que, de modo simples, mas não simplório, saibam mais sobre
o que acontece neste delicado e importantíssimo território, a
saber o da Psiquiatria.
Não posso deixar de me referir, sem citar nomes, a um
determinado médico, razoavelmente bem conhecido, pago por uma
grande emissora de TV, o qual frequentemente se aventura a
tentar explicar fenômenos da Psiquiatria, e também a apresentar
estatísticas sobre Saúde Mental, e que demonstra que o tal
sujeito parece conhecer tanto de Psiquiatria como conheço eu de
criação de coelhos. Evidentemente que o tal colega não é
Psiquiatra, e assim como a Engenharia da Computação é para
Engenheiros da Computação e não para Engenheiros Agrícolas, a
Psiquiatria é a especialidade dos Psiquiatras e não dos
Radiologistas (devido respeito aos queridos colegas), mas esta é
a realidade do imenso universo das especialidades médicas, hoje
mais de cinquenta. Quando escrevo sobre Psiquiatria, sei do que
estou falando e conheço bem a respeito do que estou escrevendo.
Ao escrever os textos destes meus websites, sempre penso nos
meus queridos pacientes, por quem nutro todo o meu respeito,
carinho e atenção. Sair de casa para atendê-los, todos os dias,
para mim é motivação autêntica. Isto sem falar na paixão que
nutro pela Psiquiatria, uma das mais fascinantes e espetaculares
especialidades da Medicina.
Os meus pacientes são a razão da minha profissão, pois a
Psiquiatria existe por causa dos que sofrem em razão de algum
transtorno no território psíquico, afetivo e comportamental, e
não o contrário (os pacientes não existem por nossa causa, mas
nós por causa deles). Meus sites não são necessariamente
destinados a especialistas do território da Saúde Mental (e
tenho tido a honra de me corresponder com vários deles), os
quais são muito bem-vindos a esta leitura, mas principalmente e
sobretudo, para quem não é um profissional da Psiquiatria ou da
Psicologia (a imensa maioria). Meus sites são escritos para quem
deseja se aprofundar um pouco mais nos assuntos do território da
Psiquiatria e da Saúde Mental, hoje mais do que nunca, alvo da
atenção de muitos, pois já se percebe que estamos todos sofrendo
cada vez mais angústias na mente e na alma, e isto merece toda a
nossa atenção. São dias repletos de peculiaridades inéditas e
desagradáveis, estes nos quais estamos vivendo. O conjunto dos
sites é, portanto, uma obra escrita em linguagem simples, com
explicações objetivas e que pode enriquecer o leitor com
informações importantes sobre o território menos conhecido do
ser humano: a nossa própria mente e seus transtornos, aflições,
angústias e sofrimentos.
Em mais de duas décadas de prática médica, sempre busquei pautar
minhas atividades profissionais e o relacionamento com meus
pacientes pela sinceridade e pelas explicações práticas e
simples sobre o que se fizesse necessário na relação
médico-paciente. E esta mesma idéia trago para os meus sites. A
Psiquiatria é a especialidade médica que lida e que trata da
mente, e nós psiquiatras, temos por compromisso com nossa
atividade profissional a função técnica e humana de dar as mãos
às pessoas e ajudá-las a percorrer os caminhos dos seus
pensamentos, comportamentos e afetos, conduzindo-as à melhor
organização possível de suas idéias e comportamentos, tendo
sempre como referência a boa técnica e a saúde como alvo. Porém,
mesmo para nós, especialistas em Psiquiatria, muitas vezes estes
caminhos do psiquismo se revelam como vastos e complexos
labirintos. Mas, felizmente, a Psiquiatria evoluiu
dramaticamente nos últimos anos, embora muitos ainda desconheçam
o enorme potencial que possui esta ciência e especialidade
médica para desvendar as complexidades dos pensamentos e dos
afetos e para, sobretudo, aliviar mentes e corações aflitos. A
Psiquiatria não se resume apenas à atividade de diagnosticar e
de tratar transtornos psiquiátricos, sendo esta uma de suas
funções principais e essenciais, evidentemente.
Ocorre, porém, que nem tudo o que acontece de aflitivo no
território da mente humana significa transtorno psiquiátrico.
Tristezas, frustrações, decepções e preocupações nem sempre
estão associadas a transtornos psiquiátricos. E na esmagadora
maioria das vezes não estão. Perturbações, aflições e
comportamentos aparentemente disfuncionais podem muitas vezes
ser simples respostas fisiológicas diante do contexto de um
mundo cada vez mais complicado e indiferente, diante do qual
podemos nos sentir assustados e muito inseguros. Buscar
identificar os delicados limites entre estas respostas
fisiológicas diante das pressões, muitas vezes de difícil
discernimento, e a doença psiquiátrica, é um dos diversos
atributos do Médico Psiquiatra.
A mente possui muitas funções, e o estudo dessas funções, e
também das condições que as afetam, positiva ou negativamente,
tem se sofisticado a cada dia que passa. Em um indissociável e
novo percurso da Psiquiatria e da Psicopatologia (a ciência que
estuda as doenças da mente) e ainda da Psicofarmacologia (a
ciência que estuda os medicamentos que agem no cérebro), o
progresso é indiscutivelmente perceptível, verificável e
sobretudo notável. A especialidade médica da Psiquiatria pode
também servir para a educação e para o progresso do pensamento
humano, e esta visão é entusiasmaste.
Desde o início da primeira década deste século, tenho escrito
artigos e elaborado websites sobre a Psiquiatria. Pouco a pouco,
fui colecionando conjuntos de perguntas que me eram enviadas
através de emails e respondidas por mim. E isto terminou por dar
origem à seção de um dos meus sites chamada de Pergunte ao
Psiquiatra. Esta seção do site só veio a acrescentar ainda mais
material informativo a ser apresentado ao leitor, visto serem
muitas e diversificadas as perguntas que tenho recebido. Somente
publico nos sites as perguntas cujos autores das mesmas assim
autorizam.
Meus sites, portanto, se destinam a ser instrumentos
informativos através dos quais pessoas interessadas em
compreender um pouco mais o território da mente, dos afetos e do
comportamento possam deles se beneficiar. E esta é a nossa
idéia. Tudo o que aqui escrevi foi sempre pensando em colaborar.
E gratuitamente, sem logins, sem necessidade de cadastros ou de
senhas de acesso. Sugestões e críticas construtivas serão sempre
bem vindas. Obrigado a você!
Dr Eduardo Adnet
Médico Psiquiatra e Nutrólogo